Baby do Brasil foi um espetáculo à parte na sua reestreia nos EUA após uma ausência de 9 anos e o palco escolhido foi o City Winery NYC na 11th Avenue na badalada Manhattan, NY.
Considerada a estrela dos Novos Baianos e símbolo da contracultura, com uma voz sonora, afinadíssima e marcante, comemorou os 50 anos dos Novos Baianos e deixou claro que suas sete décadas de vida não são empecilhos para sua grande atuação no palco.
Passeou por vários ritmos com uma facilidade eloquente e ótima forma vocal, como “Is this Love” de Bob Marley na batida do xote. Além de relembrar “A Menina Dança” e do hit da banda “Brasil Pandeiro”, finalizou o espetáculo com “Masculino e Feminino”, música que escreveu em parceria com Pepeu Gomes.
Baby do Brasil reestreia em New York
O Brazilian Times Entrevista teve a honra de conversar com essa estrela antes de sua estreia, no dia 23 de setembro passado. Assim, Baby do Brasil é uma furacão nos palcos, com voz sonora, afinadíssima e marcante preencheu o ambiente com sua presença.
Qual foi sua expectativa para a estreia nos EUA após uma ausência de 9 anos?
Há sempre uma grande expectativa, nosso espetáculo está repleto de sucessos e reunindo, é claro, 50 anos de música e duas horas de show. Por mim, ficaria cantando muito mais tempo (risos) pois o palco é a minha casa. Amo cantar e estar junto com meu público. Desde o começo da minha carreira, sempre procurei fazer o melhor, oferecer o máximo em qualidade ao público. Vibrar com o público é profundamente necessário e prazeroso para mim.
Seu show“Baby do Brasil In Concert” fez uma homenagem à Rita Lee?
Sim, não somente a diva Rita Lee, com a lendária “Mania de Você”, mas também a Elza Soares, Tina Turner, Gal Costa, Moraes Moreira com a música ‘Acabou Chorare’, onde homenageio os 50 anos do disco “Acabou Chorare” do meu grupo, @novosbaianos e em especial aos meus irmãos Moraes e Galvão que compuseram essa música tão linda e que representa tanto o nosso grupo! E ao icônico Cauby Peixoto, cantou “Conceição” com toques de jazz
Também cantou “Menino do Rio” , composição de Caetano de 1977 e gravada por você em 1979?
Sim, esse não pode faltar, mas o espetáculo reúne 50 anos de música, repletos de sucessos, contando com a direção de Allex Colontonio.
Você esteve com um time de seis músicos nesse show?
Nosso repertório conta com bossa nova, chorinho, samba, rock e jazz e para tanto, somente, grandes músicos poderiam fazer desse show um grande espetáculo. Como dito anteriormente, nós trabalhamos muito para oferecer o máximo de qualidade em repertório, arranjos, visuais e musicalidade que brotam da minha alma e dos excelentes músicos que me acompanham”. São eles o @nenellucena (Guitarra), @
Voce confidenciou que neste show teve a “Força de uma orquestra sinfônica” Como foi isso?
Sim, com grandes e competentes profissionais que temos, resultando numa força de uma orquestra sinfônica, onde pudemos mesclar uma grande variedades de rítmos desde o samba, soul, rock, blues, gospel, jazz, bolero até o clássico. “Tudo que esteve na minha formação musical, tudo que meus pais me deram. O novo show é encantador. Eu amo isso!”, afirma a musa.
Você tem filhos e netos e agora já considera sua missão cumprida?
Nunca sabemos ou pelo menos temos certeza de termos cumprido a nossa missão. Criei meus filhos com amor e carinho e tentando dar o meu melhor. Com ajuda do nosso Pai Eterno tento e continuo tentando o meu melhor.
Sabemos que o futuro a Deus pertence, mas quais são seus planos e objetivos por anos vindouros?
Temos o documentário “Apocalipse segundo Baby” e o Viva Rio e desejo levar nosso espetáculo “Baby do Brasil In Concert” para todo o Brasil e Europa.
Sobre Baby do Brasil
Nascida de uma família de classe média em Niterói, Baby era uma adolescente rebelde. Sua busca pela carreira de cantora gerou tanta resistência por parte de seus pais que ela fugiu aos 17 anos e se mudou para Salvador, na Bahia. Durante algum tempo, dormiu nas ruas e cantou em bares em troca de comida. Logo, conheceu Luis Galvão, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira, três jovens músicos que buscavam formar uma banda. Ela se tornou a cantora; vários outros músicos embarcaram, incluindo o violonista Pepeu Gomes, com quem ela se casou em 1970.
Bernadete – única integrante do grupo que não era baiana – adotou o nome artístico de Baby Consuelo. Veio de uma música escrita por Galvão e Moreira para o filme Meteorango Kid: Herói Intergalático, de 1969, sobre um estudante universitário alienado que, como Baby, escolheu o hippie em vez das convenções. Vocalmente, a heroína de Baby era uma estrela emergente do movimento Tropicália, Gal Costa, cujo canto, na época, variava de uma cadência doce a um uivo estridente.
Novos Baianos
Em 1970, os Novos Baianos lançaram seu primeiro disco, um sucesso modesto. Depois se mudaram para o Rio, onde dividiram um apartamento em Botafogo. Aquele recanto “tornou-se o nosso país”, diz Baby, que aos 18 anos era a única mulher num bando de rapazes. “Conseguimos levar uma vida muito saudável em meio a toda a opressão. Vivíamos em um mundo organizado. Todos juntos, tocando música de noite até de dia, aproveitando o sol, sentindo-se abertos. Comemos frutas das árvores. Ninguém estava preocupado com política. Éramos todos cristãos, por isso tínhamos um princípio cristão fundamental de amizade, família, respeito, de preparar o jantar e comer juntos à mesa”.
Os felizes e chapados hippies começaram a preparar o Acabou Chorare. Lançado em 1972, fez dos Novos Baianos uma sensação nacional. Depois de mais seis álbuns, Baby deixou o grupo em 1978 para lançar seu primeiro disco solo. Produzido com a sonoridade familiar dos Novos Baianos. Vendeu respeitáveis 400 mil cópias. Em seu sucessor, Pra Enlouquecer, ela desviou para um som pop-rock mais pesado e alcançou a marca do milhão. Dois de seus álbuns subsequentes o superaram. Sucessos amontoados: “Côsmica”, “Sem Pecado e Sem Juízo”, “Telúrica”, “Paz e Amor”, “Barrados na Disneylândia”.
Fonte: Redação Na Mídia
Fotos: Divulgação / Foto de James Gavin